sexta-feira, 12 de março de 2010

Comandar é... mandar... com...

      Na organização de nossa sociedade complexa a administração conjunta tem sido uma grande arma contra os efeitos nefastos de uma gestão monocrática e concentradora . Isto ocorre em todos os setores da sociedade civil organizada, desde a administração mais simples como em caso de organizações menos complexas à gestão de entidades de múltiplas funções e atribuições diferenciadas.

    Na Polícia Militar essa situação não difere pois temos uma complexa instituição com quase duzentos anos de existência e que tem uma estrutura amplamente diversificada que desenvolve múltiplas atividades operacionais e administrativas que em conjunto fazem com que a organização possa prestar serviços de qualidade ao seu público alvo que é o indivíduo e a sociedade de uma forma geral.
     Dentro das atividades policiais propriamente ditas a que mais aparece é a operacional com as unidades específicas de policia. Cada uma delas desempenhando descentralizadamente seu papel, busca sempre a excelência e qualidade nos serviços prestados ao público em geral. Por isso, o policiamento ostensivo, que é aquele constitucionalmente previsto e tem como escopo a salvaguarda da a incolumidade das pessoas e do patrimônio, zela diuturnamente pela segurança pública como um dos instrumentos necessários à concretização daquela. Isto é fruto de um comandar que se pode traduzir em mandar com, em conjunto, praças e oficiais, cada um nos limites de sua atribuição e desempenhando com dedicação o seu papel de guardião da sociedade numa organização democrática e constitucionalmente organizada com base nos pilares da hierarquia e disciplina.
     Todavia nem só de policiamento ostensivo vive a Polícia Militar. Por trás de toda a estrutura organizacional que forma os destacamentos policiais, os pelotões, as companhias e os batalhões existe um arcabouço legal e administrativo que faz os serviços serem desempenhados de uma forma satisfatória com a participação de todos os policiais.
     Nos bastidores do serviço especializado da Policia Militar como o de rádio patrulhamento, de policiamento comunitário, de choque, ambiental, de trânsito urbano e rural e rodoviário, de policiamento feminino, de guarda externa dos estabelecimentos prisionais, montado, de combate ao uso de drogas e a violência, há sempre uma gestão de comando que faz com que o serviço possa fluir em beneficio da sociedade. Este serviço de uma forma geral de gestão e de administração é de função especifica do oficialato da corporação que desempenha constitucionalmente essa função. Oficial da Policia Militar é preparado ao longo de três exaustivos anos a ser um administrador por conseqüência. Além de apreender o que de mais moderno existe em gestão administrativa, ao longo do aprendizado de policia que é continuou desenvolve as técnicas de gestão de pessoal e de material próprios da natureza do serviço policial militar.
     Hoje para que um cidadão possa ingressar na carreira de oficial da policia que é cargo inerente e exclusivo a brasileiros natos, precisa estudar muito e passar em concurso público além de outros processos eliminatórios como exame de saúde, físico e psíquico para que se saiba e se selecione pessoas que possam lidar com as dificuldades inerentes à prestação de serviço de policiamento ostensivo de segurança pública.
     O concurso é aberto ao público interno e externo e quaisquer pessoas que preencham os requisitos legais podem concorrer, incluso os praças da corporação. Aliás, temos hoje presenciado dezenas de oficiais que foram soldados, cabos ou sargentos da própria Policia alcançarem mais alcançar os mais altos postos do oficialato.
     Portanto, em conclusão, o desenvolvimento da atividade policial é tarefa complexa que exige esforços múltiplos e de todos os seus integrantes, cada um na esfera de suas atribuições. Desde o soldado que está na frente do serviço, ao cabo, superior imediato do soldado, o sargento nas suas divisões funcionais que são o elo entre os demais praças e oficiais, o subtenente que é função intermediaria entre praças e oficiais, o aspirante à oficial que é considerado um praça especial e aguarda sua promoção ao oficialato e enfim aos oficiais propriamente ditos, que são os gestores legais do efetivo no Estado democrático de direito que respeita à organização jurídica e social são enfim as peças da engrenagem que fazem serviço público fluir a contento. Não existe a disparidade que estão desejando fomentar entre oficiais policiais e praças num contexto de disputa política. Cada um depende do outro para desempenhar o seu papel no complexo policiamento ostensivo e é assim que a sociedade espera contar com os profissionais de segurança pública.
     Mas a segurança anda a reboque de outros serviços, dirão os mais céticos. Tudo bem, como quaisquer outras instituições a Policia Militar também tem suas falhas, todavia os oficiais e praças que a compõe trabalham diuturnamente para sanar estes problemas e desenvolver seu trabalho da melhor forma possível

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Militar Estadual - Estudante de Direito - Área da segurança pública.